Na década de 70, os cientistas começaram a ter inúmeros questionamentos a respeito da segurança e da ética e moral, visto que seus estudos estavam indo cada vez mais a fundo a respeito da base da vida, eles não tinham controle do que podiam desencadear, por isso se preocupavam com a segurança, assim decidiram crivar varias conferencias para se discutir esse assunto.
· Conferencia sobre Ciência e Valores Sociais
Realizada em fevereiro de 1972 na Flórida, teve como objetivo discutir a relação entre a sociedade e os cientistas, que estava se rompendo.
· Asilomar I
Essa conferencia foi realizada em janeiro de 1973, nela foi aprovada uma resolução que alertava sobre os riscos biológicos sobre os trabalhos com vírus, mas esse alerta não chamou a atenção dos meios de comunicação nem da sociedade.
· Conferencia de Gordon
Realizada em junho de 1973, os cientistas, precisam chamar atenção para os riscos de trabalhar com vírus, decidiram publicar todas as especulações sobre o os riscos desse trabalho. Assim enviaram uma carta para a Associação Nacional de Ciências, que mais tarde foi publicada na revista Science. Houve uma certa repercussão nos meio científicos, mas não na sociedade em geral.
Adotando uma postura coerente com a decisão do comitê a Academia de Ciências criou o Comitê Acadêmico, elegendo o geneticista Paul Berg como presidente.
· A carta de Berg
Os membros do Comitê acadêmico discutiram a probabilidade de que os vírus dos experimentos fugissem do laboratório e causassem uma catástrofe, se entrassem em contato com algum humano ou outro ser vivo.
Assim foi criada uma carta-alerta publicada na revista Science, nessa carta os cientistas informaram sua decisão em suspender algumas pesquisas.
Essa carta gerou repercussão profunda nos meios científicos e na sociedade, todos compreenderam que o desenvolvimento de dessas pesquisas era algo perigoso e que podia fugir do controle facilmente.
· Asilomar II
Foi realizada a conferencia de Asilomar em fevereiro de 1975, depois da repercussão da “Carta de Berg”, nessa conferencia os cientistas de bateram o DNA Recombinante e a engenharia genética. Por fim decidiram dar continuidade as pesquisas que tinham sido suspendidas.
Os laboratórios a partir desse momento começaram a receber níveis de perigo pelas pesquisas que abrigavam. Os níveis iam de P1 até P4 onde a segurança deveria ser extrema, superando as de laboratórios bélicos e bacteriológicos.
O que é DNA Recombinante?
A partir da década de 70 novas técnicas para a analise do DNA foram desenvolvidas, possibilitando um rápido desenvolvimento na área.
O DNA recombinante é junção de um pedaço de material genético inserido em outro, criando um novo DNA.
Como funciona?
Quando os cientistas querem estudar uma certa região do nosso código genético ele precisam isolar do restante, para isso eles utilizam o que chamam de Enzimas de restrição para “recortar” a parte que interessa, então com a mesma enzima que retirou o pedaço de DNA é utilizada para retirar um pedaço do material genético do hospedeiro.
Então os cientistas utilizam uma enzima chamada ligase para “colar” o DNA ao material gentico do hospedeiro, produzindo o DNA recombinante. Feito isso esse novo DNA é inserido no hospedeiro e apartir disso começa a reprodução desse hospedeiro com DNA modificado, depois de varias gerações desse hospedeiro pedaço a ser estudado é separado do resto.
Aplicações:
Essa técnica é utilizada principalmente para criar insulina, hormônios, alguns tipos de proteínas, vacinas para malária e hepatite B, para a criação de seres melhorados mais conhecidos como transgênicos, e mais atualmente para o estudo e criação de clones.
Fontes:
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